O Primeiro Reinado desdobra-se da proclamação da independencia, no ano de 1822, até a renúncia de Dom Pedro I,
em 1831. Saudado soberano do país no dia 12 de outubro de 1822,
defronta-se com a oposição do exército lusitano, a quem vence,
fortalecendo assim sua liderança. A primeira marca politica de D. Pedro deu-se quando do chamamento da Assenbleia constituinte,
eleita no início de 1823. Contudo, em decorrência de intensas
divergências entre os deputados brasileiros e o monarca, o qual achava
que seu poder pessoal deveria ser mais importante do que o do
Legislativo e do Judiciário, a Assembléia é invalidada em novembro,
sendo esta considerada o seu primeiro malogro.
Fazia-se urgente que D. Pedro redigisse uma Constituição para o país, a
qual expandisse seus poderes. Assim sendo, ele designa um grupo para
elaborá-la e a aprova em 1824. A nova Constituição concede ao Imperador a faculdade
legal de dissipar a Câmara e os Conselhos Provinciais, instituir
senadores vitalícios e ministros, eliminar os cargos de juízes quando
achasse necessário e indicar nomes para a presidência das comarcas.
O caráter despótico da missiva aprovada era totalmente o contrário do
que fora proposto anteriormente, em vez do sistema político ser liberal o
mesmo tornou-se dominador. Alguns líderes, originários de algumas
províncias do Nordeste, comandadas por Pernambuco, se revoltaram contra o
domínio do soberano, contestando seus poderes absolutistas. A revolta
ficou conhecida como Confederação do equador
– a qual foi reprimida austeramente pelos soldados imperiais. Dois
nomes destacaram-se neste levante, Joaquim Divino do Amor – o Frei
Caneca – e Cipriano José Barata – jornalista conceituadíssimo na época.
As dificuldades de D. Pedro I complicam-se ainda mais a partir do ano de
1825, quando ocorre a derrota brasileira na Guerra da Cisplatina, a
qual gerou consequências irreparáveis para a nação – a perda dos
territórios da Província Cisplatina para o Uruguai e a independência
deste em 1828.
Os portugueses, que se encontravam instalados no Rio de Janeiro, não
aceitaram a atitude dos mineiros e fomentaram um ato público de
reparação à injúria sofrida por Dom Pedro. Os antilusitanos, porém,
revidam e explodem desordens e agitações nas ruas da cidade. O imperador
assegura que haverá repreensões, mas não consegue apoio político para
isso. A nobreza
real e o próprio exército imperial se voltam contra o monarca, não lhe
deixando outra saída a não ser abdicar do trono em favor de seu filho,
Pedro de Alcântara, de apenas cinco anos de idade. A abdicação se
concretiza no dia 7 de abril de 1831.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário